Personalidade relevante, com
um carácter antidinástico a todos os títulos notável, Manuel de Arriaga
procurou esforçadamente, logo após o 5 de Outubro de 1910, a conciliação de
todos os portugueses com o novo regime acabado de implantar. A República era
encarada, na época, como a «cura de todos os males de que enfermava a Nação», e
esse era o ideal, e a esperança, do velho tribuno republicano. «Tendo passado
toda a vida a procurar a República foi procurado por ela para seu Procurador»,
no Verão de 1911, sendo então eleito como primeiro Presidente da República
Portuguesa. Era a justa homenagem prestada ao mais ancião dos republicanos.
Todavia, a incompreensão dos políticos e o clima de desordem partidária, que se
fez sentir com o desmembramento do Partido Republicano Português (PRP), ditaram
o seu afastamento da presidência da Nação, depois de ter sido considerado
traidor e fora-da-lei por destacados vultos da vida política nacional.
(Publiquei este artigo na revista «História», nº 42, em Abril de 1982. Já nem me lembrava da sua existência, se mão amiga não me tivesse oferecido um exemplar de que extratei o texto que abaixo se insere, para uso de estudantes e investigadores da nossa infeliz e malfadada República).
(Publiquei este artigo na revista «História», nº 42, em Abril de 1982. Já nem me lembrava da sua existência, se mão amiga não me tivesse oferecido um exemplar de que extratei o texto que abaixo se insere, para uso de estudantes e investigadores da nossa infeliz e malfadada República).
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