quarta-feira, 2 de novembro de 2022

O ódio nacionalista ao rei D. Pedro IV, nos primórdios do liberalismo português

Após a assinatura da Convenção de Évora-Monte, que em 26-5-1834 pôs termo à guerra-civil, não cessaram os ódios nacionalistas contra os “malhados”, maçons e ateus, epítetos com que designavam os liberais. O principal alvo das invetivas políticas era o “brasileiro”, e “traidor”, D. Pedro IV, que se havia instalado no trono dos seus avoengos antepassados, após ter resignado à coroa imperial do Brasil. A reação expressava-se clandestinamente através de injuriosos pasquins, manuscritos ou impressos em tipografias manhosas, e afixados pela calada da noite nas praças públicas, por forma a perturbarem a opinião e o sossego público, contra a nova ordem política e o primeiro governo liberal, chefiado pelo Duque de Palmela, que foi a mais nobre e prestigiada figura civil do liberalismo português. Este artigo dá a conhecer alguns desses injuriosos pasquins contra o novo rei, D. Pedro IV.

terça-feira, 25 de outubro de 2022

O primeiro relógio público de Lagoa, adquirido em 1828

 Artigo de investigação sobre o primeiro relógio público comprado pela Câmara Municipal de Lagoa em 1828, através de uma colecta subscrita integralmente pelos moradores daquela vila algarvia. Todavia, a autarquia não tinha meios financeiros para pagar regularmente um salário a alguém que se responsabilizasse pela manutenção desse grande símbolo do progresso e da modernidade, ao som de cujas badaladas passou a regular-se a vida quotidiana dos lagoenses. Esse relógio ainda hoje figura na torre da Igreja Matriz daquela bela e tradicional vila algarvia.

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

As instituições reguladoras da Fazenda Pública no Algarve, nos primórdios do Liberalismo

Para os meus alunos, e sobretudo para os jovens investigadores da economia do Algarve, interessados no período iniciático da implantação do Liberalismo em Portugal, aqui vos deixo um pequeno texto de síntese acerca das instituições que regulavam a administração fiscal e os rendimentos da Coroa, destinadas à cobrança dos impostos relacionados com as alfandegas, as actividades comerciais, e a sisa, como imposto indireto que incidia sobre as transações de bens e mercadorias importadas, e sobre os bens de raiz - prédios urbanos e rurais. Também aqui se enunciam e descrevem as justiças que supervisionavam e economia regional.
Os cargos e as instituições que regulavam a cobrança fiscal constituem o objecto deste trabalho. Espero que a sua leitura possa ser útil ao público em geral.