sexta-feira, 26 de abril de 2013

No I Centenário de Emiliano da Costa - converter em casa-museu a residência do poeta

Em 17 de Abril de 1984 publiquei no vespertino «Dário de Notícias» um artigo sobre o poeta Emiliano da Costa cujo primeiro centenário do seu nascimento se comemorava nesse ano, sem a pompa nem a circunstância que a memória daquele notável vate justamente merecia. Para lhe enaltecer o talento e lembrar a importância da sua obra literária, aproveitei o ensejo para visitar a antiga residência do poeta, em Estoi, e sugerir a sua conversão em Casa-Museu, à semelhança do que já ocorrera com Ferreira de Castro e José Régio. A ideia, embora não fosse difícil de concretizar, não teve, porém, a repercussão expectável junto das autoridades locais e regionais. Passados praticamente trinta anos a ideia mantém-se atual, mas infelizmente por concretizar. Os herdeiros da residência, já não serão provavelmente os mesmos que conheci. E temo que o valioso espólio, que então pude observar, já não se conserve na sua integridade.
Para que o meu alvitre, e a minha sugestão de fomento cultural, não permaneça no olvido, decidi recuperar esse artigo e deixá-lo aqui transcrito na sua versão original.


domingo, 14 de abril de 2013

Biblioteca Municipal de Faro - Uma riqueza à espera do futuro

 [Fiz a minha estreia jornalística, como redator regional, no vespertino lisboeta «Diário de Notícias, no dia 20 de Junho de 1981, com um artigo sobre a Biblioteca Municipal de Faro, cujas instalações, nessa altura, acabavam de ser melhoradas mercê da sua transferência do edifício da Câmara Municipal para o quinhentista Convento de Nª Sª da Assunção, vulgo colégio das freiras, e atual Museu Arqueológico e Lapidar do Infante D. Henrique. A biblioteca era pouco frequentada, mas o seu acervo bibliográfico era significativo e valioso. O objetivo deste artigo prendia-se com a urgência de melhorar as circunstâncias de trabalho, as instalações e a divulgação das reais potencialidades daquela instituição para o apoio à investigação e ao ensino universitário, que havia sido oficialmente criado em 1979, mercê da fundação da Universidade do Algarve. Para que não ficasse definitivamente esquecido nas colunas desse grande vespertino (entao como hoje, o mais antigo e mais importante órgão de imprensa do nosso país), decidi recuperar o artigo e transcrevê-lo aqui, na sua integridade original, atualizando-lhe apenas a ortografia. Como era relativamente extenso, a direção do «DN» decidiu publicá-lo em duas partes: a primeira a 20 e a segunda a 30 de Junho de 1981.]